Não se orgulhe do seu caráter violento. Não considere corajosa a sua postura de atiçar guerras e arquitetar contendas por onde passa; essa, pelo contrário, é apenas a índole covarde de quem não consegue habitar a paz e por isso quer transtorná-la.
Digo isso porque, cansado por ver a belicosidade de alguns homens que se dizem cristãos, repito em meu coração o versículo 6 do Salmo 120 ("A minha alma bastante tempo habitou com os que detestam a paz") e pergunto:
Por que vocês detestam a paz?
Por que a vossa língua enrola-se no cardume das horas e o veneno escorre viscoso pelo vosso queixo?
Por que usam o santo nome de Deus para justificar vosso odor de morte?
Eu também fico com raiva, claro. Mas não me orgulho disso, pelo contrário, me envergonho quando acontece.
"Porque a ira do homem não opera a justiça de Deus" (Tiago 1:20).
Qual é, portanto, a razão em haver vaidade nos que se fazem filhos da guerra?
Mesmo que os mais raivosos tenham posição de destaque em nosso século doente, não devemos louvá-los; mesmo que os mais raivosos ganhem prêmios, não devemos segui-los.
Já que "Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus", conforme Mateus 5:9.
Nós, tais filhos de Deus, fomos chamados para a paz.